Problemas podem ser causados pela ingestão ou inalação de pó, bactérias e
esporos de fungos (bolores) quando comem feno de má qualidade. Todas
estas substâncias podem ser consideradas alergenos, ou seja substancias
que induzem uma resposta alérgica. Além disso, alguns fenos contêm
excesso de hidratos de carbono, fructanos, ou outros polissacáridos
encontrados em elevadas quantidades nas ervas de inverno. As alergias do
foro respiratório manifestam-se com sintomas de tosse, corrimento nasal
e fraco desempenho desportivo. As alergias do foro digestivo
manifestam-se com sintomas de fezes moles ou diarreia, cólica, perda de
peso e também fraco desempenho desportivo.
Por outro lado,
borrifar ou dar uma mangueirada ao feno antes de o dar ao cavalo, não
terá o efeito pretendido de remover os fungos e alergenos. O ideal seria
demolhar uma pequena quantidade de feno durante 15 a 30 minutos e dar
ao cavalo logo de seguida. Esta quantidade deveria ser consumida em 2
horas pois caso contrário o feno seca e os pós serão novamente inalados.
Isto nem sempre se torna prático, pois implica a repetição do processo
cada 2 horas ao longo do dia.
Existem várias alternativas para contornar este problema das alergias respiratórias e manter os cavalos saudáveis.
O
mais lógico seria obter um feno de boa qualidade livre de pós e
alergenos. Isto nem sempre é fácil e por vezes, os cavalos mais
sensíveis não toleram qualquer tipo de feno. A silagem é uma boa
alternativa uma vez que além de não ter alergenos, tem um teor
nutricional muito elevado. Uma advertência ao uso da silagem é o perigo
da presença da toxina causadora do botulismo, em silagem de má
qualidade.
Outra alternativa é manter o cavalo num regime de pastagem, onde ele come erva verde sem necessidade de recorrer ao feno.
No
entanto, devido a vários tipos de limitações, o que se faz mais
frequentemente é comprometer a qualidade nutricional do feno em cavalos
com alergias respiratórias, e manter o feno permanentemente encharcado
em água ao longo do dia e noite. Nestes casos, importa na mesma
administrar pequenas quantidades, frequentemente ao longo do dia, para
evitar que o feno fique demolhado por períodos prolongados, e também
para evitar que o cavalo remova o feno da água permitindo que este seque
antes de ser ingerido.
Quando estas medidas não
são suficientes para manter o cavalo livre de sintomas, torna-se
necessário complementar com medicação. Nestes casos deve haver um
acompanhamento regular por parte de um médico veterinário.
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